Tem uma frase que diz:
Nunca deixe a sua impressora saber que você está com pressa. Ela vai dar um jeito de te atrapalhar!
Parecer implicância, mas temos a impressão que as impressoras dão os maiores panes bem na hora em que mais precisamos dela. Infelizmente a ciência ainda não conseguiu explicar esse fenômeno. No caso da impressão em Papel Transfer, uma das piores situações é o atolamento de papel. Sem dúvida isso já deve ter acontecido com você em algum momento.
Entendemos que essa é uma situação difícil e que todos gostariam de evitar. Portanto, iremos falar sobre isso agora e, ao terminar essa conversa, você aprenderá de vez como reduzir drasticamente a ocorrência de atolamento de papel no seu trabalho com o Papel Transfer. Assim economizará tempo, dinheiro e evitará muitas dores de cabeça.
Vamos dividir as dicas em 2 momentos: O momento antes da impressão e o após a impressão.
Para ter sucesso nas impressões com papel transfer e evitar a ocorrência de atolamento de papel é importante realizar alguns procedimentos pré impressão.
Toda impressora a laser que imprime em cores deve ter um estabilizador de pelo menos 1500VA, caso sua especificação de funcionamento seja 110v e você precise ligá-la em 220v. Mesmo não sendo recomendado, ainda tolera-se, para o seu funcionamento, 1000VA. Uma tensão inferior a recomendada poderá não fornecer a tensão elétrica necessária para a impressora terminar o ciclo de impressão e o papel acabar ficando preso. Sempre se faz necessário ligar uma impressora por estabilizador e mais nenhum outro equipamento em conjunto. Não ligue o estabilizador e outro equipamento na mesma tomada com extensões.
A questão mais básica que pode evitar o acontecimento de atolamento de papel transfer é o uso de papel de qualidade. Existem diferentes marcas no mercado, por isso, convém sempre pegar uma boa referência para que tudo funcione bem. Vale a pena pesquisar.
Outra situação extremamente importante é referente a umidade. Assim como os papéis comuns, o papel transfer também necessita que esteja livre de umidade. A dica para evitar que o papel transfer seja exposto a umidade é retirá-lo de sua embalagem própria somente no momento de uso.
Algumas pessoas que trabalham com transfer costumam retirar os papéis da embalagem e colocá-los na bandeja da impressora mesmo que não vá utilizar todos. Os papéis "dormidos" sofrerão ação da umidade do ambiente, ficando mais suscetíveis ao atolamento no momento da impressão.
Outra dica para proteger os papéis da umidade é colocar dentro da embalagem do papel um desumidificador conhecido como Silica Gel. O silica gel é um saquinho de papel que contém algumas pedrinhas dentro com função de retirar a umidade (é o mesmo que se encontra dentro da caixa de alguns calçados).
Toda vez que você vai fazer uma impressão com um papel especial como o papel transfer é indispensável a configuração prévia da impressora. A impressora precisa saber que tipo de papel você está imprimindo para poder enviar a velocidade, pressão e temperatura ideal para cada tipo de trabalho.
Essa configuração deve ser feita no momento que irá realizar a impressão no menu "propriedades da impressão". Nesse local deve ser informado o tipo de papel e a qualidade da impressão. Caso a sua impressora tenha painel display (visor), informar o tipo de papel nesse local é ainda mais importante, pois a maioria das impressoras com essa possibilidade subscrevem a configuração realizada pelo computador.
Não informar a impressora o tipo de papel que está utilizando fará com que ela trate a sua impressão como a de um papel comum. Isso pode gerar atolamento de papel transfer porque a impressora trabalhará de forma irregular.
Outra indicação é ter um toner de qualidade, pois quem trabalha com impressão colorida, principalmente com brindes personalizados, precisa de impressões em cores vivas e mais vibrantes.
Outra questão indispensável sobre o toner é que ele precisa reagir bem à temperatura gerada pela unidade de fusão da impressora. Quando o toner apresenta má qualidade, este não se fundirá bem ao papel transfer, aumentando o risco de atolamento de papel. Isso ocorre porque soltará mais resíduos na unidade de fusão da impressora.
Investir em um toner com mais qualidade não é luxo, pois evita também riscos de vazamentos de pó em excesso para dentro da impressora. Convém lembrar que a sujeira dentro da impressora também é um dos agentes causadores do atolamento de papel transfer e gastos com manutenção. Apostar em qualquer toner é arriscar ter prejuízo e acabar gastando mais em seguida.
Denominaremos todos como fotocondutores, pois todos exercem a mesma função durante a impressão. Não tão frequentemente, mas os fotocondutores também podem gerar atolamento de papel transfer. O tipo de atolamento de papel oriundo do fotocondutor são conhecidos como "atolamento de papel na entrada" da impressora.
O primeiro passo caso esteja ocorrendo o atolamento de papel transfer na entrada é desconfiar se há algum problema com o fotocondutor.
Outra ideia importante, além de trabalhar com toner de qualidade como mencionado, é também trabalhar com fotocondutores de boa qualidade. Estes sim te darão resultados brilhantes em cada uma de suas impressões.
Como o papel transfer é um papel plastificado e mais aderente que os papeis comuns, usar um fotocondutor de má qualidade te induzirá a ter mais gastos com a sua substituição, pois sofrerá desgaste precoce. Fica também mais vulnerável a sofrer arranhões e comprometer a imagem do papel transfer impresso.
O papel transfer é um papel com uma superfície lisa e não porosa. Essa característica faz com que o pó do toner no momento da impressão acabe não fixando totalmente ao papel. Como não há uma fixação total, parte do pó do toner fica colado na unidade de fusão da impressora.
Caso não seja dada a devida atenção para esse resíduo é muito comum que o papel em algum momento fique grudado na unidade de fusão da impressora ao receber a alta temperatura. Sendo assim faz-se necessário realizar um procedimento de limpeza que pode ser realizado pelo próprio operador da impressora para evitar o atolamento de papel transfer.
*Recomendamos que a cada 10 impressões com papel transfer realize cerca de 3 impressões em papel comum (Sulfite). Como o papel comum é poroso, todo o resíduo que estiver grudado na unidade de fusão sairá grudado nesse papel, limpando a unidade de fusão da impressora.
Vale a pena realizar o procedimento, uma vez que diminui os riscos de atolamento de papel e aumenta a vida útil das peças da unidade de fusão. A película e o rolo de pressão são os principais afetados.
O primeiro passo é se manter tranquilo apesar do fato conspirar contra, mas siga o conselho. Já consertamos centenas de impressoras que tiveram a situação piorada porque o operador da impressora, no calor da emoção, tentou retirar da forma contra indicada.
Quando o papel transfer fica atolado na impressora e não está na região da unidade de fusão (parte responsável pelo alto aquecimento), a recomendação é retirar todas as barreiras que dão acesso ao papel como toner, tambor de imagem, portas de acesso da impressora, etc. Em seguida pode-se retirar o papel com cuidado e mais segurança.
Nos casos em que o papel transfer gruda na unidade de fusão sugerimos não tentar retirar de qualquer forma por mais tentador que seja. O indicado é desmontar toda a impressora e retirar a unidade de fusão. A depender de como este papel esteja preso também será necessário desmontar a unidade de fusão para preservar a integridade de peças como a película e rolo de pressão.
Caso não tenha habilidade técnica para realizar o procedimento sugerimos não tentar sozinho e procurar ajuda para resolver o problema.
Quando a unidade de fusão sofre danos, a conta pode ficar um pouco alta. Então vale a pena deixar um especialista retirar.